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Marketing de Conteúdo e Storytelling – Parte II

Rafael Rez

Autor do bestseller "Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI". Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor de Pós e MBA em diversas instituições de ponta: HSM, FGV, Insper, ESALQ/USP. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

Confira a primeira parte desse post aqui.

O marketing de conteúdo é a arte de vender, contando histórias

Não se iluda, é tudo sobre vendas. Mas vendas através de relacionamento, de um processo a longo prazo, de construção.

As histórias são uma boa estratégia porque conquistam as pessoas pela emoção. E as pessoas são movidas por emoção. Identificação é a palavra chave.  Com essa estratégia, é possível criar encantamento, estimulando relacionamentos.

Supermercado
Como se destacar no meio disso?

As marcas podem trabalhar histórias que identifiquem o público-alvo. Coisas que façam parte do cotidiano das pessoas e proponham soluções para os problemas que elas enfrentam, mas de uma forma envolvente, contando algo extraordinário. As histórias partem da estrutura tradicional, com herói, antagonista (pode ser uma doença, um problema da sociedade, não necessariamente uma pessoa), um conflito que colocará o herói à prova e provocará uma situação extraordinária, passando por começo, meio e fim, com clímax.

O protagonista está sempre em busca de algo e isso se junta a um evento extraordinário, para que a história fique interessante e passe a fazer sentido.

Mas não adianta sair contando histórias por aí sem nenhuma estratégia. A história precisa ser preparada para um público-alvo definido e com um objetivo específico. O que vai ser contado precisa inspirar as pessoas, encorajando transformações ou sentimentos, fazendo com que as pessoas se sintam parte da história.

Tanto em marketing de conteúdo como em Storytelling (são conceitos diferentes, já que Storytelling pode ser usado somente numa propaganda), a última coisa que uma marca deve fazer é ficar falando sobre si mesma. Para dar certo, o melhor é usar mais de um canal de mídia e saber fazer corretamente essa divisão.

Uma ação de branded content da BMW, uma das primeiras a utilizar esse tipo de estratégia, é um bom exemplo de entretenimento que utiliza a marca de uma forma sutil. Se você não conhece o case, vale a pena ler sobre o assunto. Foi uma série de vídeos super produzidos para passar exclusivamente no site da BMW, gerando acessos espontâneos para filmes curtos e protagonizados por famosos.

No marketing de conteúdo, a associação obrigatória do conteúdo com a marca é bem mais sutil. A empresa não cita a marca, só que o consumidor sabe de onde provém o conteúdo.

Às vezes a própria empresa tem uma história interessante que pode ser explorada também.

Além da história a ser contada, o recurso de transmídia, uma estratégia de comunicação que integra vários canais (plataformas, como mídias sociais, TV, sites, aplicativos, etc.), cada um correndo de forma independente com sua narrativa específica, porém relacionada. Assim é possível atingir um público muito maior e manter as pessoas envolvidas na história por muito mais tempo, tudo depende da narrativa, do orçamento e da estratégia que a empresa pretende adotar. A história vai ganhando importância criando sincronia entre a fantasia e tecnologia.

“As marcas precisam permitir que as pessoas conversem sobre as histórias e não apenas reproduzir o mesmo conteúdo deliberadamente entre diferentes canais. As plataformas apenas intermediam a conversa. No final do dia, quem manda é a narrativa, não a tecnologia”, Maurício Mota, chief storytelling office da The Alchemists. 

A ação, assim como o marketing de conteúdo, precisa ter um objetivo definido, como persuadir o leitor a curtir uma página, assinar uma newsletter, cadastrar-se, passar a ser cliente da marca, fidelizar-se à marca, etc. São objetivos comuns às duas estratégias e por isso o Marketing de Conteúdo se casa tão bem com o Storytelling: os dois trabalham o conteúdo e as necessidades/desejos do consumidor para criar relacionamento e identificação com a marca.

Obviamente, as duas estratégias podem ser usadas em separado, mas em conjunto, tornam-se complementares e extremamente úteis.

Com base no acesso ao conteúdo, o próximo passo é seguir o objetivo da ação, passando para a próxima etapa do inbound marketing. Outro ponto é tornar-se referência no assunto, especialidade do marketing de conteúdo, criando share of mind nos clientes e prospects.

Veja abaixo um infográfico bem humorado, em inglês, sobre como funciona:

A montanha russa do Storytelling
via This Isn´t Happiness


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