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Por que tanto medo de ser original?

Todos sabemos que estratégias de marketing de conteúdo dão resultados reais e duradouros. Por que, então, vemos tanta gente saindo de seu assunto para falar apenas de motivação; comentando conteúdo, trabalhos e produtos de terceiros; fazendo curadoria, copiando-(traduzindo)-colando, ao invés de produzir o seu próprio material?

Dá trabalho produzir seu próprio conteúdo

Na área digital, o aprendizado formal ainda está em processo de se tornar uma ciência. Assim, hoje, produz quem tem experiência de fazer. É um aprendizado valioso, pois traz uma carga de “mundo real”, sempre importante aos negócios. Em igual sentido, dá trabalho produzir seu próprio conteúdo, mas se aprende tanto quando se produz, que o esforço compensa. Você tem que estudar muito para se sentir apto e confiante para escrever a SUA opinião, o SEU ponto de vista, a SUA discordância ou concordância. E, por favor, pare de repetir insistentemente os lemas e frases de impacto de quem você admira…

Se alguém o inspira, use essa motivação para construir o seu caminho, e não para deixar suas pegadas sobre as marcas das pegadas dos outros.

 A síndrome do chavão está inundando a internet, tornando as mídias sociais chatas, e nosso tempo online num replay do Zorra Total. Percebo que as empresas puramente digitais estão se apercebendo dessa realidade e se dispõem a criar conteúdo próprio. Um ótimo exemplo eu li em um dos grupos que participo, num texto no mesmo sentido deste, de Paulo Wesley, do blog Infopresario.com.br sobre a importância de criar conteúdo. O estranho é que muitas empresas grandes estão seguindo o caminho da cópia, lidando com os clientes de forma adolescente nas mídias sociais, usando trocadilhos com memes em suas campanhas, enfim, fazendo mais do mesmo. A forma como usamos as mídias sociais em nossos perfis profissionais não pode ser a mesma em nossos perfis pessoais. Da mesma forma, a incapacidade de se relacionar com seus clientes, com conteúdo pertinente, torna as presenças online dessas empresas totalmente irrelevantes.

Você já ouviu falar que governos não investem em educação porque, se o povo se educar, para de votar em quem está lá. Aconteceu comigo, no mundo corporativo, algo que seguiu essa mesma linha torta de raciocínio. Logo que mudei para os EUA, procurei empregos “normais”. Tinha um currículo bom, mas sempre ouvia algo que não entendia: que eu era overqualified. Algo como, não o aceitamos porque você é mais qualificado que o cargo exige, você pode conseguir algo melhor. Aquilo não entrava na minha cabeça, pois eram empresas grandes, com muitas oportunidades internas. Até que um dia um recrutador super sincero me falou: Se eu escolher você para a vaga, em 6 meses você tomará meu emprego. Estava explicado…

Tão relevante quanto ser o cara é ser o mentor do cara.

Essas são, potencialmente, as principais razões desse medo de produzir conteúdo realmente educativo: incapacidade de perceber a importância do conteúdo, falta de experiência ou conhecimento suficientes e medo de treinar “concorrentes”, que amanhã poderão tomar sua posição. A forma como você encara essa situação desafiadora fará toda a diferença em seu negócio. Você tem que estudar muito, testar seu conhecimento, empreender utilizando suas ideias, para aí se dispor a ensinar. E, se você se dispuser a ensinar, não limite o conhecimento que pode repassar. Tão relevante quanto ser o cara é ser o mentor do cara.

Produza conteúdo original, com qualidade, e conquiste autoridade e relevância, ou aceite ficar à sombra de quem produz.

 Em negócios digitais, se você não produz seu próprio conteúdo, você corre o risco de:

  • Não conseguir que seu site tenha rankings relevantes nas buscas.
  • Ter que comprar tráfego eternamente.
  • Ter baixos índices de conversão.
  • Ter mais dificuldade em se tornar uma autoridade no assunto.
  • Ter que virar um guru da motivação…

Não estou desmerecendo as técnicas de desenvolvimento pessoal, motivação e semelhantes. Funciona muito bem para muita gente. O que acontece é que já há muitos profissionais competentes, realmente preparados para cuidar disso. Se sua área de atuação é outra, a insistência motivacional denotará incapacidade de produzir conteúdo específico do seu assunto e de seus negócios. E, vamos combinar, criar conteúdo motivacional dá tanto trabalho quanto criar conteúdo do assunto em que se é especializado.

Em contrapartida, ao criar conteúdo efetivamente educativo, dentro da sua área de expertise, que eduque e dê valor ao consumidor, os resultados podem ser:

  • Conquistar autoridade na sua área de atuação.
  • Seu site virar referência no assunto.
  • Criar uma base leal de seguidores e clientes.
  • Receber convites para outros tipos de trabalho, como, palestras, consultorias e cursos.
  • Receber maior audiência, vinda de forma orgânica, e ter melhores índices de conversão.
  • Motivar pessoas!

Assim, se tiver de optar entre ficar compartilhando posts de terceiros, mensagens de força, frases de impacto, vídeos inspiradores e criar conteúdo próprio, sobre a sua área de atuação, pense que, na primeira opção, você pode até inspirar alguém, mas a autoridade permanece com o produtor original. Na segunda, além de educar potenciais clientes, sua relevância cresce proporcionalmente à sua produção e entrega. E você ainda estará inspirando seus seguidores. Deixe o foco em conteúdo motivacional para quem for expert em motivação. Se você não o é, e suas presenças online tiverem mais que 10% de artigos e posts motivacionais ou de terceiros, as pessoas podem começar a achar que você está no ramo errado ou buscando motivação própria.

Eu acharia.

E você, o que acha? Se gostou, por favor comente e compartilhe! Não gostou? Vamos discutir?

Publicado originalmente aqui

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