Categorias

O Google e o Marketing de Conteúdo

Rafael Rez

Autor do bestseller "Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI". Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor de Pós e MBA em diversas instituições de ponta: HSM, FGV, Insper, ESALQ/USP. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

No dia 16 de agosto o gigante de buscas Google ficou fora do ar durante alguns minutos. Junto com o buscador, ficaram sem funcionar o Google Drive, Gmail, You Tube, entre outros. De acordo com o site VentureBeat, apenas alguns minutinhos sem funcionar podem ter ocasionado uma perda demais de 500 mil dólares em receitas. É uma estimativa que considera a receita quadrimestral da empresa, de 14,1 bilhões em 2013, ou seja, 108 mil dólares por minuto. Cinco minutos de bug significam meio milhão de dólares.

Mas quem perde com o Google fora do ar não é só a própria empresa. Toda a web é dependente dos serviços do buscador e da empresa. Uma análise do GoSquared afirma que o tempo de inatividade provocou uma queda global no tráfego do site de 40%, que possivelmente fez com que muitos sites não fossem encontrados por usuários. O número de pageviews disparou tão logo o site voltou a funcionar.

A pergunta que ficou é: imagine se o serviço fica fora por algumas horas? E um dia inteiro?

Todos os serviços do Google juntos (incluindo Maps, Gmail e YouTube, entre os outros), correspondem a pelo menos 25% de todo o tráfego online dos Estados Unidos, ou seja, mais do que Facebook, Netflix e Instagram juntos. Em 2010, o mesmo estudo afirmava que os serviços da empresa eram responsáveis por cerca de 6% do tráfego dessa região. Ainda de acordo com o DeepField, a cada 24 horas, 60% de todos os aparelhos conectados à internet acessa o Google pelo menos uma vez.

Todos esses dados mostram a dependência de usuários e empresas do Google e suscitaram reflexões sobre a dependência econômica – e informacional – de apenas uma rede. Isso sem citar as acusações de monopólio por parte de outras empresas.

É certo que outros motores de busca continuaram funcionaram e estão ao alcance de nossos cliques (Yahoo, Bing, etc.), mas o Google continua o gigante dos acessos e cada vez mais envolve os usuários em outros serviços da empresa.

Junte essas informações às últimas mudanças  de algoritmos do buscador e nós perguntamos: como não ficar para trás com sua empresa no gigante de buscas?

Ou, como não perguntar, sua empresa já percebeu a importância do marketing de conteúdo?

As mudanças realizadas mudaram os resultados na pesquisa orgânica (resultados da busca no meio da tela, que não os links patrocinados). O conteúdo ganhou mais importância a partir das mudanças realizadas pelo Google, que alterou algoritmos usados para busca dos resultados na pesquisa. Essas mudanças fazem com que o sistema encontre informações mais recentes e conteúdo de maior qualidade, em páginas atualizadas com frequência.

As mudanças querem fazer o sistema de busca ser o mais parecido possível com os humanos, rejeitando sites spam, com muita repetição de palavra chave, conteúdos copiados, erros de gramática e sem fontes confiáveis. Por isso, a melhor dica é fazer o site pensando em quem vai ler e não no Google, ou seja, com conteúdo de qualidade.

Com essas mudanças, as pequenas empresas que investirem pesado em marketing de conteúdo podem se tornar do mesmo tamanho das grandes.

Já deu para entender que marketing de conteúdo e produção de conteúdo de qualidade estão totalmente ligados nas novas configurações da internet. Então a próxima dica é procurar uma empresa ou um profissional qualificado o suficiente para se diferenciar nesse espaço, adequar a linguagem e atingir o público certo.

 UPDATE: O Google mudou seu algoritmo de busca e implantou o Google Hummingbird, além de não fornecer mais quais as palavras-  chave digitadas pelos usuários para chegar ao site, a não ser pelo Google Adwords, e agora os resultados são “100% not provided”. Essas mudanças indicam que o Google está cada vez mais centrado no usuário e que as empresas que quiserem se destacar no buscador precisam privilegiar a experiência do usuário, oferecendo informações relevantes e de interesse dele, ou seja, bom conteúdo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

🤘MARKETING RAÍZ!

Receba o resumo da semana de Marketing Digital toda sexta-feira no seu e-mail!

  • Ao preencher o formulário, concordo * em receber comunicações de acordo com meus interesses. Ao informar meus dados, eu também concordo com a Política de privacidade. Você pode parar a qualquer momento.