A Pandemia, sem dúvida, é uma tragédia de proporções gigantes para o mundo, como um todo, entretanto, há sempre uma adaptação das pessoas para viver durante e no pós qualquer uma das crises. O ser humano se adapta, uns mais rápidos que outros, mas no fim da história, todos se adaptam.
Dentro dessas adaptações estão o home office, antes já usado, hoje quase uma realidade nas empresas. Tenho clientes que não voltarão ao escritório como era antes, será o eterno home office, pois viu-se que essa modalidade deu muito certo, o outro, é o fato de muitas empresas entenderem o EAD como uma realidade, que assim como o home office, já era usada, mas hoje se tornou uma grande realidade. E não apenas faculdades estão usando esse conceito, empresas estão com essa geração de conteúdo em suas estratégias.
Durante esse período eu vi muitos estudos de diversas empresas. O Podcast tem sido constante no meu fim de noite, quando eu encerro as atividades e começo a estudar. Devemos estar sempre nos atualizando, em diversos pontos, como sites, artigos, eventos, cursos, livros e agora com a volta, com tudo do Podcast. Temos a sorte da plataforma internet estar sendo usada para distribuição de conteúdo, afinal, sem ela, como poderíamos ouvir pensamentos de Daniela Cachich, Martha Gabriel, Walter Longo, Rafael Rez, Romeo Busarello, Frank Pflaumer, Cristina Carvalho Pinto, Flávio Camelier Stella Brant, Hugo Rodrigues, Poliana Souza ou Washington Olivetto. E a lista não para por ai, esses são apenas alguns dos “professores” que tive durante essa pandemia.
Marcas em alta. Cada vez mais.
Um pensamento que fortaleceu, em mim, nessa pandemia é que as marcas devem, cada vez, estar mais no centro da comunicação. Não que elas não estivessem antes, mas o digital fez com que as operações pensassem mais nas plataformas do que na ideia central, no que a marca precisa defender. Usando a palavra da moda, o “mindset” precisa ser mudado. A ideia, a marca, o consumidor são muito mais importantes do que se vai fazer Stories no Instagram ou Carrossel do Facebook.
Segundo Washington Olivetto “empatia e humor sempre foram interessantes para a propaganda. As pessoas se conectam com pessoas empáticas e engraçadas, com as marcas, é a mesma coisa”. Não sou nem louco de questionar o maior criativo da história da propaganda, apenas aprender com o que ele disse. Pare e pense, nas propagandas que você mais gostou ou se identificou.
Ele tem razão? Eu me lembro até hoje de uma da empresa de aviação Gol, em que o comercial inteiro se passa em um quarto de hotel, onde um casal elogia a Argentina durante 28 segundos do comercial, que encerra com o marido, abrindo a janela e gritando “penta campeão” com aquela vontade de torcedor.
Jaime Troiano, CEO da Troiano Branding, diz em seu livro Brand Intelligence, que não é possível pensar em uma estratégia de comunicação em que as marcas não estejam no centro, discordo, educadamente, do mestre e coloco o consumidor ao lado de marcas.
E a tecnologia?
Daniela Cachich, CMO Pepsico Brasil, diz que a comunicação está entre a co-criação e a retroalimentação das estratégias. Para Hugo Rodrigues, CEO da WMacCann, a tecnologia é o grande impulsionador da nova propaganda. Para ambos, o celular precisa ser entendido como uma extensão do corpo. Sua empresa está como no celular? Ah, tem um site responsível, né? Legal. O brasileiro olha o celular 150 vezes, ao dia, em média, e seu site é responsível? Bacana…
Stella Brant, CMO da LivUP, entende que o movimento das Startups é algo a se olhar com mais calma. Em um mundo onde se pede cada vez mais agilidade nos processos, o modelo delas é preciso ser olhado de perto, outro ponto, para Stella, é que a personalização se faz necessária, para o engajamento do consumidor. Em minha opinião, é importante esse conceito, há tempo, mas personalizar é algo que precisa vir da demanda do consumidor para a marca e não a marca jogando goela abaixo algo para o consumidor.
Adapte-se!
Esse é o novo mantra do marketing. Para Marcelo Melchior, CEO da Nestlé, a empresa tem o DNA inovador e por isso está sempre conectada ao consumidor, se adaptando aos novos cenários e comportamentos, mesmo a marca sendo centenária, o pensamento precisa ser outro, de agilidade. Para Marcelo Suares, diretor marketing BRF, marcas tem o papel de trazer conforto para as pessoas em momentos de crise. E ainda mais no pós crise.
Uma coisa está cada dia mais claro, as pessoas estão esperando o que as marcas estão, e podem, fazer pela sociedade como um todo. O conceito de propósito deve sair da frase bonita da sala de reunião, para o dia a dia, afinal, como Jaime Troiano diz “marcas sem propósito, são marcas sem alma”.