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Especial conteúdo mobile

Rafael Rez

Autor do bestseller "Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI". Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor de Pós e MBA em diversas instituições de ponta: HSM, FGV, Insper, ESALQ/USP. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

Especial conteúdo mobile

Os smartphones se tornaram para muitas pessoas a principal forma de acessar a internet. A Mobile Report Brasil, com patrocínio da Vivo, Spring Mobile Solutions e Agência Ginga, aponta que 33% das pessoas que possuem um aparelho o utilizam como principal meio de acesso à web, de acordo com pesquisa realizada em fevereiro deste ano. Em setembro do ano passado, eram 25% das pessoas. A pesquisa foi realizada através de um questionário online para medir o comportamento dos usuários de smartphones no Brasil.

Segundo a pesquisa, os smartphones são mais usados para:

– Checar e-mails (77% dos usuários);

– Checar redes sociais (empatado com 77% dos usuários);

Com relação às pesquisas:

– Ver mapas e localização (48%);

– Procurar notícias (47%);

– Músicas (42%).

A plataforma mais popular é o Facebook, com 93% das respostas, seguido pelo WhatsApp (74%).

As três principais situações de uso são nos momentos de espera (filas, trânsito, etc.), com 52%; antes de dormir, com 48%; e logo após acordar, com 42% dos participantes.  Essa forma de utilizar o smartphone, em situações de passagem e entretenimento, pode fornecer uma ideia para quem está criando conteúdo.

É preciso ser rápido, dinâmico, atrativo.

É preciso fazer conteúdo e design pensando na usabilidade para o usuário. Já sabemos que as pessoas gostam de fazer coisas rápidas no aparelho enquanto estão esperando ou naqueles aqueles minutos antes de dormir, onde o que ninguém quer é esperar um site carregar ou ler alguma coisa longa por nada.

Melhor usabilidade é sempre maior chance de leitura.

Isso significa que somente migrar o conteúdo do site original e até mesmo de outros canais, como televisão, não é fazer conteúdo mobile, não é pensar na experiência do usuário, é somente publicar alguma coisa para não ficar de fora. Bom, já há informação suficiente dentro e fora da web para as pessoas se preocuparem com conteúdo que não é feito pensando na experiência delas.

A verdade é que muito se fala sobre aplicativos para essas interfaces, mas nada sobre conteúdo mobile. O consumo de conteúdo em situações mobile é cada vez mais comum, de uso contínuo e rápido, evidenciando a necessidade de disponibilizar conteúdo simples, atualizado e com links para informações eventuais que o usuário possa procurar.

Quando um usuário cai em seu site, qual a primeira coisa que ele provavelmente procura?

OK, começamos por aí.

Os leitores mobile (móveis) querem pedaços de informação o mais rápido do possível. E isso é quase tudo que sabemos.

É o conteúdo lido na fila de espera do médico, do banco, na corrida do táxi, no elevador. Tempo curto, mas que deve atrair o consumidor para mais. Isso significa produzir conteúdo com design adaptado ao mesmo tempo em que se entrega a informação que ele (ela) procura, deixando uma pitada de quero mais que pode ser conferida depois pelo computador.

Conteúdo que compete com todas as distrações possíveis do mundo – sinal de trânsito, barulhos, filhos gritando, pessoas conversando, olhares no relógio, atrasos para sair… – por isso deve ser muito acessível. O que significa de fato a informação na ponta dos dedos. Não está fácil no seu menu? Pelo menos precisa estar fácil de achar.

Algumas diretrizes:

 Facilite a leitura visual. Há muitos estudos que mostram que as pessoas passam os olhos de forma superficial por longos textos em busca do que estão procurando e não leem o texto todo a menos que estejam muito interessadas. Facilite com um texto curto e objetivo e outros recursos visuais, como palavras em negrito, variações de fontes e cores (cuidado aqui para não criar ruídos).

– Não tem como usar menos texto sem suprimir informações importantes? Use links. Lembre-se: não existe um cursor como na tela de um PC, somente o dedo do usuário. Deixe claro que é um link e, principalmente, use algum espaço entre um link e outro para que o usuário não esbarre o dedo no link que não quer. Tópicos e textos divididos são boas opções. Listas (começando pelo conteúdo mais importante) também.

– Manchetes são ainda mais importantes aqui. Quanto mais atrativos, melhor. E sem textos muito longos, idem.

 As páginas de destino devem estar todas preparadas dessa forma também, não adianta fazer isso só na landingpage, pode irritar o seu usuário.

Alguns especialistas defendem que para marcas que já se concentram em produzir conteúdo de qualidade e distribuir em seus canais, não é necessário mudar de estratégia. É preciso apenas uma atualização com a perspectiva dos dispositivos móveis.  O objetivo de vendas pode ser o mesmo e a estratégia de conteúdo também, assim como a tática de medir os resultados (embora entrem novos aspectos de análise e, possivelmente, ferramentas), com mudanças no tipo de abordagem, design e curadoria do próprio conteúdo.

Se você não possui estratégia de conteúdo, considere voltar para a casa número 1 deste jogo.

 Como é possível fazer o conteúdo que você já tem mais acessível aos seus usuários de dispositivos móveis?

– Ajuste na segmentação na hora de divulgar;

– Pense nos usuários que usam uma conexão lenta. Se demora muito para carregar já perde mais da metade dos brasileiros, dependendo do público-alvo, claro;

– Sons, vídeos e outros conteúdos multimídia, nunca é demais reforçar, devem ser controlados pelo usuário. É invasivo começar quando o site abre;

As fronteiras entre o uso de PCs e mobile são fluidas, dependendo de onde o usuário está, facilidade da tarefa, tempo, entre outras variáveis, inclusive “preguiça” de ir até o computador.

De forma invariável, pessoas estão na internet em busca de resolver os seus problemas, sejam sérios ou de entretenimento. Isso significa que projetar para mobile não fornece uma desculpa para entregar uma experiência inferior para o usuário, sob a justificativa de simplificar tudo.

“O fato é que não se pode prever o comportamento de uma experiência que ainda é muito ruim”, Jason Grigsby.

Do ponto de vista de SEO, conteúdo longo e profundo é importante, mas nem sempre para os leitores. A necessidade do mobile é uma necessidade de artigos/informações que ofereçam muito valor em um pequeno espaço.

As pessoas normalmente são multitarefas em seus dispositivos, de certa forma desenhados para essa experiência. As pessoas estão enviando mensagens no WhatsApp e enquanto esperam, acessam o Facebook, depois decidem pesquisar produtos ou artigos, voltam para as funções anteriores, atendem a uma ligação, todo o processo é muito dinâmico.

A entrega de conteúdo em tablets e smartphones em alguns momentos pode ser muito vantajosa. Por exemplo, disponibilizar conteúdo para quem está voando com uma empresa de linhas aéreas, ao invés de assistir propagandas no sistema interno, por exemplo.

O objetivo no final é sempre a entrega de conteúdo e funcionalidade através de dispositivos.

O Google realizou uma pesquisa com os usuários, em parceria com o AnswerLab, observando o seu comportamento por cerca de 120 horas com seus smartphones.  A pesquisa resultou em um artigo com os 25 pontos mais importantes na hora de fazer um site para esse canal. Acesse aqui as dicas do Google, em inglês.

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