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Como startups podem sobreviver ao cenário de recessão?

Rafael Rez

Autor do bestseller "Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI". Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fundador da consultoria de marketing digital Web Estratégica. Além de Empreendedor e Consultor, é Professor de Pós e MBA em diversas instituições de ponta: HSM, FGV, Insper, ESALQ/USP. Em 2016 fundou a Nova Escola de Marketing.

O que eu aposto que vai voltar a bombar com a virada da maré de investimentos.

As demissões em massa em várias startups trouxeram à tona o debate sobre sustentabilidade dos negócios.

O cenário de juros baixos na economia global persistia no mundo desde meados de 2009 no pós-crise do subprime nos EUA. Na pandemia do Covid, o cenário de juro extremamente baixo tentou evitar uma catástrofe econômica e subsidiar a retomada da economia.

O mercado de tecnologia foi inundado de dinheiro, viu os ciclos de investimentos alcançarem patamares nunca vistos, multiplicando a quantidade de unicórnios no mercado.

Este excesso de liquidez também gerou cenários artificiais: salários inflacionados e modelos de negócio de sustentabilidade improvável. Muitos apostaram no “winner takes all”, que exige muito investimento em mídia para aquisição de clientes e prejuízo operacional para dominar o mercado.

Num cenário de inflação alta e recessão, a maré baixou e mostrou que muita gente estava nua.

O que fazer?

Com a necessidade de diminuir a queima de caixa e adquirir clientes com bases mais sustentáveis, as estratégias clássicas voltam a ter visibilidade para gerar crescimento a custos menores com breakeven mais razoável.

O que voltará a ter atenção dos gestores de marketing:

1. SEO ganhará ainda mais impulso. Dominar resultados orgânicos no Google tem sido uma estratégia clássica de crescimento desde o case da Amazon no começo dos anos 2000. Não à toa é o maior e-commerce do mundo.

2. Growth Marketing: a área deixou a alcunha de “hacking” para se tornar uma prática geral na área de Marketing, focando em otimizar esforços e mensurar o que funciona e o que não gera resultados.

3. Inbound Marketing: a geração e relacionamento com leads de forma orgânica volta ao centro da mesa quando o custo de mídia se torna um problema. Para reduzir o CAC, Inbound voltará a receber mais atenção.

4. CRO (Conversion Rate Optimization): otimização de conversão e aceleração de testes A/B reina num cenário em que é preciso espremer a laranja até tirar todo o suco!

5. Retenção e redução de churn: se custa caro atrair um cliente, perder então é ainda pior. CRM e retenção de clientes ganharão importância quando cada cliente conta.

6. Relações Públicas: relacionamento com o mercado é fundamental para mostrar que a empresa continua crescendo, continua sendo boa para trabalhar e continua relevante mesmo sem receber aportes multimilionários.

7. Conteúdo: deixei para o final para não ser repetitivo, mas como autor de um livro sobre Marketing de Conteúdo seria hipocrisia não dizer que conteúdo será ainda mais importante, tanto nos canais proprietários como Hubs de Conteúdo e Newsletters quanto em Redes Sociais.

Está na hora de rever o Playbook e voltar os olhos para ações estratégicas de geração de leads e clientes que custam menos e geram mais valor a médio e longo prazo.

Aposto que elas voltarão a dominar o cenário nos próximos 2 anos!

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