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Matriz de conteúdo e Matriz de referência

Felipe Morais

Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Somos Educação) e Transformação Digital. Como a inovação digital põe ajudar seus negócios nos próximos anos (Ed. Somos Educação). Professor da ESPM, Universidade Metodista SP, Senac, Faculdade Belas Artes e USP. Sócio-Diretor da FM CONSULTORIA, membro do comitê de marketing da Planet Girls e Adriana Restum Store.

Matriz de conteúdo você já deve ter ouvido várias vezes sobre, provavelmente deve conhecer com muita profundidade, entretanto, você tem uma matriz de referência para potencializar sua estratégia?

Um ditado que a vida nos ensina é que estamos sempre “vivendo e aprendendo” e isso, que trago agora para o meu dia a dia, aprendi recentemente em um projeto dentro de um cliente.

De um papo informal, literalmente no cafezinho, surgiu a ideia de deixarmos mais estruturado as referências passadas aos times. E tenho a honra de passar aqui esse aprendizado, afinal, como professor, palestrante, autor de livros, é minha missão disseminar conhecimento, entretanto, é a sua assimilar. Ou não.

Um pouco de visão de mercado

Os times de social media não podem se limitar apenas ao fluxo de; recebe o brief do planejamento, montam calendário, pegam a imagem do criativo, colocam um texto legal, postam e pedem ao mídia que promova. Depois, fica na ferramenta pegando relatórios. Isso é um processo mecânico e que é facilmente substituído no dia a dia das agências, além de não agregar muito ao negócio do cliente.

O social media é responsável por pensar a comunicação em rede. Ver novas tendências, estudar mercados, compreender comportamentos. E precisa estar atento a tendências e ter muitas, mas muitas referências. E fica a dica, as melhores referências ainda são os livros! São nos livros que desenvolvemos o poder de leitura profunda, o que nos trás para defesas e estratégias sólidas e profundas. Do contrário, ainda veremos defesas e estratégias tão rasas como uma poça d’água depois de uma garoa.

Matriz de conteúdo

Engana-se quem acha que basta ver o que a concorrência faz, olhar alguns sites e pensar em conteúdos traçando uma enorme lista de potenciais temas que podem ser interessante. Comece a sua matriz analisando as ferramentas do Google e o que o gigante das buscas oferece diante aos termos. Não esqueça que a Internet é movida por palavras.

Engana-se mais ainda, se chegar nessa matriz não tem uma metodologia para tal. Aqui na FM CONSULTORIA, usamos 2, que na minha visão são básicas para construção de qualquer linha de raciocínio de conteúdo: Matriz de Conteúdo e Mapa de Empatia. Já usamos em alguns clientes com relativo sucesso.

Primeiro porque aplicar essas metodologias é muito prazeroso para os times, acaba sendo um exercício divertido e ao mesmo tempo altamente reflexivo, algo como uma terapia em grupo em volta da marca. Segundo porque essas metodologias ajudam muito a organizar as informações. Comece pelo mapa de empatia, onde a empresa inteira se coloca no papel de seu consumidor. Ouça todo mundo, afinal, não é apenas o marketing que conhece de marca, mercado, produto, consumidor. O advogado da empresa pode te dar o melhor insight de todos, assim como o assistente do financeiro ou a gerente de recursos humanos. Ouça todos, com a mesma atenção e carinho. Com a enorme lista de caminhos que o Mapa de Empatia vai lhe dar, você coloca na Matriz de Conteúdo. Aqui, vale não apenas o Mapa de Empatia, mas todos os insights e caminhos do planejamento estratégico, tanto de marketing como de comunicação. Perceba não ser apenas uma lista, há metodologias e caminhos para que o sucesso das ações fique mais próximo de resultados e mais longe do “post fofinho”. Vamos relembrar o mantra: Like não paga conta. Repita esse mantra 5 vezes ao dia, sempre que ligar seu computador, tudo bem?

Matriz de referência

Cabe ao planejamento enviar referências ao time de criação e conteúdo, o qual o social media faz parte, porém, é uma das primeiras lições que se aprende na faculdade que todos nós devemos ter as nossas referências, seja de pessoas, sites, livros ou qualquer outra que seja. Não foque apenas em uma, afinal, o cinema pode ser uma enorme referência para você, assim como os trabalhos da escola da sua filha de 5 anos de idade. Referência explode na sua cara a todo o momento, basta você enxergar ou não.

No projeto acima citado, criamos uma matriz que tem ajudado muito no dia a dia dos projetos junto a esse cliente. A matriz é simples, é composta de 4 elementos. Há 2 regras básicas:

Regra 01: O time de criação e conteúdo precisa de referências criativas e é papel do planejamento entregar esse material, além deles mesmos pesquisarem suas referências. Referências não precisam ser apenas do mercado da marca.

Regra 02: Marcas de referência precisam estar, pelo menos dentro de um dos quadrantes. Quanto mais a marca estiver presente nos 4, melhor a referência.

Os quadrantes

Criatividade: Referências precisam ser criativas, elas precisam inspirar as pessoas. Pode ser atual, de 2010 ou ano passado. Não importa a data, mas sim o seu poder de inspirar.

Segmento: Sempre bom trazer referências do segmento, as vezes até mesmo a concorrência. É ser muito egocêntrico achar que apenas a marca que você atua faz coisas legais. Eu amo a Coca-Cola, mas há comerciais da Pepsi que são sensacionais! Importante, é o benchmark aqui, ou seja, traga o que é interessante, mescle o seu segmento e outros segmentos. A Tecnisa, construtora, se inspira na navegação do seu site, na Dafiti, empresa que vende sapatos online. Entendeu o ponto?

Casos de sucesso: Inspire com o sucesso. Ninguém quer ser jogador de futebol inspirado no Pablo, centroavante do meu querido São Paulo FC, mas sim, no Pelé, Messi, Neymar, Zico… Casos de sucesso são os que tiveram sucesso. Me desculpe a redundância, mas crescimento de like não é sucesso.

Ponto chama atenção: As vezes um site tem um ponto interessante. Um perfil postou um tipo de vídeo no Instagram que é bem criativo. Uma frase de um grande nome do segmento em que atua, por exemplo, se você é do segmento de moda e usa uma frase de Gianni Versace, por exemplo. Isso se torna referência.

Lembre-se da regra 02. Quanto mais a sua referência conseguir preencher os 4 quadrantes, melhor e mais aderente ela será para o seu projeto.

Uma resposta em “Matriz de conteúdo e Matriz de referência”

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